
Ler a Alice e a sua curiosidade de descobrir tudo que a rondava, permitindo-se ir além do real, nas divisas da imaginação. Para mim, Alice no País das Maravilhas é e sempre será O livro. Aquele que vai tomando novos significados a cada nova leitura, que faz com que nos reencontremos com algo que a rotina nos tira: a fantasia, essa que nos leva para mundo que, embora não existente no mundo real, muito nos ensina sobre ele.
A ousadia dela de tomar o líquido que tinha escrito beba-me e o bolo onde tinha escrito coma-me, o que nos ensina? Que muitas vezes precisamos ser ousados diante do desconhecido. Se não arriscarmos, talvez não possamos modificar situações que precisam de novos ares. Talvez até dê errado, mas se tinha de ser, o que fica é o aprendizado. Ali você não cai mais. Ou talvez caia, por teimosia ou por não ter prestado tanta atenção assim no ensinamento.
A Rainha de Copas manda os seus soldados pintar as rosas brancas todas de vermelho. Daí, duas interpretações:
1ª- Por vezes queremos "nos pintar de vermelho", para que os outros não enxerguem quem verdadeiramente somos. Todo mundo em algum momento da vida faz isso, ou seja, utiliza máscaras. Mas quando a máscara "cola" no seu rosto, como você reencontra seu verdadeiro eu?
2ª- Olhando para a atitude da Rainha de Copas, será que está certo mandar nos outros de tal forma? Agir com a ira, ao invés de esperar os momentos de calmaria? (aliás, se ela tem, eu desconheço...rsrs.). Quem age com impulsividade, com raiva, acaba se magoando e magoando os outros.
Se continuasse, com certeza veria mais coisas legais que o livro me ensina. Talvez você tenha lido e visto por outros ângulos, mais amplos até. Mas o bom da reflexão é isso: não há o mais certo nem o mais errado; apenas concepções diferentes. Pense nisso. :)
Imagem Getty Images
PS.: Vou voltar a entrevistar pessoas aqui no blog.
PS.2: Quero voltar a postar pro Blorkutando, mas a preguiça não deixa. Preciso vencê-la.
PS.3: Tô preparando minha aula, da qual falei no post anterior.