segunda-feira, 9 de março de 2009

Inclusão social: um trabalho de todos nós



Quando me deparei com esta blogagem logo quis participar, pois gosto de fazer a minha parte para conscientizar outras pessoas sobre a nossa realidade, que não é nada fácil e todos sabem (alguns fingem). Só não sabia do que exatamente falar, já que é um assunto muito amplo.
Até que me lembrei das crianças que pedem dinheiro ou vendem doces aqui no metrô de Recife. Lembrei também das pessoas que precisam de operações urgentes e veem no metrô uma boa oportunidade de ajuda. Lembrei ainda dos seguranças que ficam no metrô tentando impedir o comércio dentro do metrô. Tudo bem que eles estão cumprindo o trabalho deles, mas você acha certo que pessoas necessitadas sejam por vezes tratadas como bandidos como muitas vezes eu presenciei? A partir daí escolhi que direção tomar nesse assunto.
Muita gente se irrita com os pedintes em geral, muitos duvidam que seja realmente verdade o que eles dizem. Mas será que é assim mesmo que funciona? Porque assim como eles desconfiam, poderiam confiar e ajudar. Se por acaso a pessoa agisse de má fé, quem ajudou só fez sua parte ajudando um necessitado. Com isso quero chegar nesse ponto: não podemos nos esconder na desconfiança para nunca ajudar alguém, porque na maioria das vezes vemos com nossos próprios olhos que aquela pessoa realmente precisa: roupas rasgadas, por vezes suja e o corpo magro, mostrando a subnutrição a que é submetida. Preferimos fechar os olhos e acreditar que é mentira.
Ainda bem que nem todos são assim, mas a maioria é. Observo isso há anos. Eu particularmente já tive a visão preconceituosa, mas quando passei a observá-los mais me sensibilizei com a causa dos que pediam e ajudo sempre que posso. Isso, acreditem, dá um alívio imenso.
Entrando de uma vez no tema, é por esse preconceito (não só no metrô, mas nos ônibus, nas escolas, nas ruas, em toda a parte) que muitos se revoltam e assaltam ruas, não por maldade comos muitos acham, mas porque tem que ajudar em casa e por vezes não tem oportunidade de conseguir dinheiro de outra maneira. São crianças que poderiam estar nas escolas, adolescentes que além da escola poderiam ter um estágio como aprendiz, aprendendo uma profissão, ou num curso técnico, ou se preparando para uma faculdade. Caminhos que muitos trilham mesmo com as dificuldades que tem, mas isso jamais será motivo para dizermos que nada deve ser modificado. Pelo contrário, ainda há muito o que fazer. Quando além de pobre a criança ou o adolescente é um afrodescentente, há mais um agravante. Pois quando se vê um negro mal vestido, descalço, pensa-se o quê? "É um assaltante!", pensaria a maioria das pessoas. Sofrem então, preconceito dobrado.
Porém, há algo muito importante que podemos fazer: a nossa parte. Nem mais, nem menos. Você deve estar se perguntando então qual é a sua parte. É fácil. Se você tem filhos, enteados, sobrinhos, irmãos, eduque-os para tratar todos como iguais, com educação e sem preconceito. Se você está no metrô e alguém te pede um trocado, dê. Pode fazer a diferença no almoço daquele indivíduo, ou em algo que ele mais precise. Conscientize quem vive perto de você para fazer o mesmo. O governo, é claro também precisa fazer a sua parte, e você como um cidadão consciente tem todo o direito de cobrar. Acredite, espalhando essa ideia dá pra fazer com que a inclusão social seja realidade.


Texto para a Blogagem Coletiva sobre Inclusão Social, promovido pelo blog Esterança.

7 estórias:

Compondo o olhar ... disse...

lindo seu texto, parabens pela bela participação nesta gde idea, a blogagem coletiva.


abraços

Ester disse...

Taylani, se eu tivesse que dar uma nota, querida, seria 10!

Vc foi muito espontânea nas suas declarações, e seu texto ficou um primor,

obrigada pela contribuição a essa coletiva!

Continue assim, investindo em valores que dignifiquem o ser humano, e engradece a todos!


beijos encantados,

Georgia disse...

Oi Tatah, as necessidades das pessoas têm sido enormes!!!

Eu nao gosto muito de dar dinheiro para os pedintes.

Gosto mais de oferecer um servico quando dá, senao, compro uma bisnaga na esquina e lhe dou. Mas dinheiro nao, além de viciá-lo a permanecer onde le está, faz com que ele nao lute por ter uma vida diferente.

Um abraco

/natalinha disse...

Eu acho que o mundo devia ser justo para todos, nada de uns terem muito mais que os outros.

Ah..
Beijoos.

Yasmin disse...

muito bom o texto, as pessoas estão acostumadas a desviar o lhar destes problemas, e destas pessoas, as vezes vejo pessoas que faz que não está exergando a pessoa e desvia, deste jeito nunca teremos inclusão, nem social, nem racial, está de parabéns plo texto
bjos

Juh Lima disse...

Gostei muito do texto. Bem, eu já ajudei muito quem veio me pedir dinheiro, mas acho que não é dando dinheiro que estamos ajudando. Por isso, hoje em dia, eu tento conversar com alguns [se tenho tempo], entender a realidade deles e tentar dar algum conselho ou ajudar com alguma palavra de força. Infelizmente, várias pessoas passam por isso. Mas acho que a melhor forma de integrá-las é desde cedo, com uma educação de qualidade e direito a cultura e lazer. Mas infelizmente essa ainda é uma realidade para poucos no nosso país!
Beijocas querida :*

Lary Gerheim *-* disse...

Olá! Gostei muito do seu texto :)
A minha parte eu faço sim! *-*
Beijos, :*